Amazônia e você, tudo a ver: natureza é aliada de nossa saúde mental
Fogo na Amazônia! Não se falou de outra coisa nessas últimas semanas. Dessa vez a questão extrapolou as fronteiras nacionais e virou uma questão internacional, tema de reunião do G-7 inclusive. Disso podemos imaginar que a questão da relação do homem com a natureza seja algo bastante relevante em qualquer situação.
O ser humano vive em desarmonia com a natureza desde sempre. É muito difícil para nós, com a nossa consciência e cultura, lidar com um elemento da realidade que carregue esse grau de imprevisibilidade. Originalmente, em condições mais primitivas, morríamos de medo desses fenômenos. Era comum o sacrifício de animais e até mesmo de humanos, no intuito de tentar apaziguar os desígnios insondáveis da natureza.
Logo depois, fomos ficando mais ousados. Passamos a desafiar a natureza, e o que antes era ameaçador passou a ser algo a ser derrotado. Ainda hoje milhares de pessoas se dedicam ao esporte de matar animais que antes nos eram ameaçadores, como em safaris na África, touradas em Madri ou mesmo na nossa Farra do Boi.
Por outro lado, procuramos sempre intuitivamente estar perto da natureza. Nas férias em geral acabamos viajando para a praia ou para o campo. Ou mesmo na cidade, observamos que as áreas mais arborizadas ou próximas a parques públicos são sempre mais valorizadas que as regiões mais cinzentas.
Ao menos do ponto se vista de saúde mental, isso faz bastante sentido. Uma bela pesquisa feita na Universidade de Exeter mostrou que o contato das pessoas com a natureza está relacionado com a sua saúde mental. Mais que isso, com a saúde como um todo. As pessoas que tinham um contato com a natureza de ao menos duas horas semanais mostravam não só menores níveis de depressão e ansiedade, mas também menos problemas de hipertensão ou diabetes. Os benefícios referentes à saúde mental inclusive continuam aumentando conforme aumenta o tempo de contato com a Mãe Natureza.
Esses estudos vão de acordo com a estatística geral, que mostra que os níveis de doença mental nas grandes cidades em geral é maior que aqueles do campo. O que não quer dizer que o contato com a natureza por si só resolva todos os problemas de saúde mental. Um exemplo nesse sentido é a altíssima taxa de suicídio entre algumas populações indígenas aqui mesmo no Brasil.
Embora uma grande parte das pessoas tenha já se atentado ao fato de que é insustentável viver nesse planeta produzindo tanto lixo e queimando combustível fóssil, ainda tem bastante gente que vive em algum lugar do século XX (ou seria XIX?), onde o progresso está relacionado a grandes indústrias queimando carvão e florestas derrubadas "em nome do progresso". Somos agora oito bilhões de pessoas no planeta e o tempo de agir com irresponsabilidade ficou para trás; ao menos impunemente.
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